sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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Mente-se e cai-se na verdade. Mesmo na liberdade, quando escolhia alegres novas veredas, reconhecia-as depois. Ser livre era seguir-se afinal, e eis de novo o caminho traçado. Ela só veria o que já possuia dentro de si. Perdido pois o goto de imaginar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Espera.

E eu vou contando as horas, minutos e segundos que faltam pra te encontrar... e demora tanto o tempo, mas em ti tudo é tão doce que até a espera é como se fosse carinho.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ah, o amor....



O amor é assim,



é feito instantes, de brilho


Inteiro, eterno ou em pedaços de felicidade


Por vezes é sol é lua,


ou tempestade na desilusão.


O amor é assim, pecador,


adorável, insano,


fica preso ao olhar,


é sem sentido, sem distancia


Sem tempo, com todo o tempo,


cúmplice da culpa.


O amor é assim,


quando feito de ilusão,


fiel mentiroso...


Atravessa sonhos frágeis,


mares sem ruas, numa dança


sem rumo de uma paixão


O amor é assim, faz a alegria do teu sorrir


Ou te espia no teu morrer,


para velo chorar...


O amor é assim,


vida na embriaguez de uma saudade...


dos desencontros do coração,


é caminho de areia


de pegadas eternas na alma.


É céu de estrelas infinitas,


é disparo acelerado do coração


De uma partida ou de uma chegada


É um segredo rabiscado em palavras,


é verso, é metade


O amor é assim, alegria de um beijo,


suspiro desejo...


É riso, lagrima, cheiro,


gosto, é realidade em fantasias...


Mas ele sabe,


a dor que engole ou deixa


no silencio...


interminável de uma espera


ou no adeus


Quando ele vai embora.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bilhete.



Se tu me amas, ama-me baixinho

 Não o grites de cima dos telhados


Deixa em paz os passarinhos


Deixa em paz a mim!


Se me queres,


enfim,


tem de ser bem devagarinho, Amada,


que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

(M.Q.)

domingo, 1 de agosto de 2010

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A cada dia em que acordas, resista, persista na constante presença, por favor, não se esqueça de regar o jardim, as flores têm sede. Elas nos dão trabalho, eu sei, porém elas decoram tua porta e se as corta do pé, ainda por dias a fio decoram também a mesa da sala, e o seu doce perfume exalam pela casa.


E em troca de que?


As flores te dão tudo isso em troca de um pouco de água n’um vazo.


Depois de alguns dias, a flor que arrancastes do pé, morre, e se ainda assim cuidares dela agora, mesmo depois de morta guardada dentro de um livro, a formosa se torna adorno. Tudo isso somente porque cuidastes dela, e ainda tem mais, quando sais e abres a porta da casa ainda estará ali, o lindo jardim que aquela flor te ofertou.

(Nilson Ruas)