quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Feliz dia, namorado!





De repente, eis que ele aparece...o menino da calça da Adidas. Aquele que eu não notava diferente -  na verdade, mal conhecia. 
Ainda bem que existem as amigas (Né Ericka Lopes Duda ?rs..) nessas horas, pra dar aquela cotovelada e dizer – Olha o guri aí te dando mole, sua lesada! Kkkkk
É...foi assim. Exatamente assim. Bem no dia do meu aniversário, que o doce Felipe entrou na minha vida de vez. Mal sabia eu quem era Felipe Klein .
Era ele. Com toda sua gentileza e doçura. Carinho e cuidado. Foi mostrando, aos poucos, que era diferente. Às vezes cutucava Kaká e dizia – vem cá, esse menino existe mesmo????rs...
Todo mundo sabe o que eu penso do destino, e da forma como as coisas acontecem na minha vida. E eu realmente acho que o Felipe era o último item da lista de presentes, que algum anjo fez pra mim quando me pegou pelos cabelos em Bragança e me jogou aqui na Ilha pra viver a minha doce loucura de ser feliz.
É ele – menino lindo por dentro e por fora, educado, doce, carinhoso, zeloso... sempre preocupado com o bem estar das pessoas que o rodeiam.  Ah tah...também é meio mau-humoradinho quando acorda, rabugentinho quando eu infernizo, e maloqueirinho quando se trata de futebol.
É você, namorado, essa pessoa incrível, que veio de presente pra mim.
Eu não quero te desejar nada pra hoje, quero te deseja pra vida toda: felicidade diária, paz, dinheiro (só o suficiente), saúde pra dar e vender...e amor (essa parte me inclui, tá?)


Toda sorte de boas surpresas pra você nos teus novos dias. Tô contigo! ;)


♥ 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Minha mulher.



Sim, eu tenho uma. Que não é só minha..mas é minha.
Quando entrou na minha vida era apenas uma menina-muleca, linda, tímida (ou não), cheia de sorrisos guardados pra depois.
Ela entrou na minha vida no dia em que ela deveria ganhar presentes...e no fim das contas, quem ganhou presente fui eu.
Ganhei momentos únicos, sinceramente compartilhados. Ganhei companheira de trabalho, de farra - sim, muitas farras, farras inesquecíveis. Ganhei companhia feminina de torcida, pra assistir futebol do meu lado, com o copo cheio de cerveja (ou whisky). 
Mas não foi só isso.
Em pouco tempo, descobri que o presente era muito maior do que eu imaginava. Ganhei uma amiga...uma companheira pra todas as horas. 
Ganhei colo, quando precisei de um pra chorar meus medos e desilusões. Ganhei um anjo, quando precisei de um pra ralar chocolate comigo até de madrugada, pra levantar o dinheiro de um tratamento de saúde inesperado. E foi nesse momento que eu descobri que ganhei uma irmã.
Tempos depois, ganhei uma afilhada. Sim, ela me escolheu para - além de assistir - fazer PARTE de um dos momentos mais importantes da sua vida. (Obrigado...sempre).
Ganhei até um tombo de moto (que, vale citar, não foi culpa nossa...rs)..tombo que hoje rende boas risadas.
Graças a ela, também ganhei por tabela dois queridos. Bruno e Luiz. 

Ganhei, ganhei, ganhei...e ganho até hoje. A menina muleca virou mulher..mulher da qual eu me orgulho muito.

Hoje é o dia do seu aniversário. Feliz dia! Seria mais feliz ainda se eu pudesse te dar um abraço daqueles, um beijo, e pudesse dizer que te amo.


Já nem me lembro mais em qual desses '1 de julho' você entrou de vez na minha vida. E isso é um bom sinal - de que já tem tempo que eu desfruto do prazer de ter você dentro do meu coração.

Minha popo, irmã, mãe, amiga, afilhada, minha querida...SEJA FELIZ! Todos os dias, cada dia mais.

Brindarei hoje então, o seu dia. E brindarei mais do que isso - o que temos de mais precioso, que distância nenhuma separa, apaga ou altera.

Eu realmente não posso te abraçar como eu gostaria, nem te beijar....mas eu posso sim dizer uma coisa:

TE AMO. Muito. E é pra sempre.










domingo, 8 de maio de 2011

9 de maio. Parabéns Servente!


Hoje o dia nasceu feliz - é o seu aniversário. E eu acho que comemorar aniversário não é SÓ comemorar a data do seu nascimento, mas comemorar o que foi feito e como foi feito, durante todo o ano que se passou. Me perguntei então - o que você fez neste ano? Me perguntei, e me dei conta de que não sei. No ano passado neste mesmo dia, estávamos comemorando seu aniversário, e eu, me preparando para minha partida, que aconteceria 2 dias depois. Neste ano, passamos muito mais tempo longe do que perto.
Não sei por conhecimento de causa, ok. Mas sei, simplismente porque eu sei, que sim, o dia de hoje é sim dia de muita comemoração!
Servente, com todo o respeito - você é FODA! FODA no melhor sentido da palavra (rs). Sem dúvidas, meu maior e melhor exemplo. Me ensinou a viver como eu vivo hoje, correndo atrás dos meus sonhos, com pés no chão e olhos no alvo. Me ensinou a ser paciente sem ser acomodada. Me ensinou a ser atrevida (tarefa que eu dominei...rs), a não dar espaço pro medo e insegurança. E o mais interessante, é que na maioria dos casos, você nada dizia. Apenas fazia. Eu aprendi (com você também) a ser observadora. E assim, observava cada passo seu, cada decisão, cada ação. 
Ah, aprendi com você também a chorar pouco. Só quando for realmente necessário. Aprendi também que se deve "juntar dinheiro", e - pasme - já até comecei!
Aprendi que o momento mais feliz do dia pode ser o mais simples, só depende das nossas escolhas e atitudes. Uma das minhas melhores lembranças em relação a isso é a expectativa pelo fantástico, todo domingo, e nossa disputa acirrada do quiz do intervalo, lembra?
Até os meus tombos você permitia. Tombos de bicicleta, tombos na vida. Situações que você pudia escolher dizer "não", mas não disse. Permitiu que eu ralasse os joelhos algumas vezes, e o coração em outras. Dizia que eu - teimosa que só - aprenderia mais com meus erros do que com conselhos. E estava certo mais uma vez.
Enfim, você tem sim muitos motivos pra comemorar esta data, que é só sua. E eu comemoro junto com você, mesmo - à distância - o privilégio e a felicidade de ser sua filha, e poder fazer parte da sua vida de forma tão singular.
Parabéns Servente! Aproveite seu dia, você merece! :)
Fico te devendo meu abraço, dia 20 pago tudo com juros, pode cobrar!

Ah, te amo! 

domingo, 24 de abril de 2011

Porque sim.


Nos últimos dias, algumas perguntas se repetiram na minha cabeça: Por quê? Pra quê? Até quando?
E eu, feito uma maluca que fala sozinha, conversava internamente, me respondendo cada uma delas, a cada vez que elas surgiam. Na verdade, só consegui responder uma. A mesma pergunta, com respostas diferentes a cada vez que a pergunta surgia.
Por quê?


Porque sim. 
Porque ele é, de fato, a pessoa mais encantadora e incrível que eu conheci nos últimos tempos. Porque ele é doce, inteligente, incrívelmente lindo de um jeito que só eu vejo. Eu sei.


Porque é difícil, eu sei, porém, não impossível. E está longe de ser. Eu sei, eu sinto. E isso não é efeito da cegueira da paixão, aquela que só vê o que se quer, até porque, depois de anos de treinamento intensivo, paixão comigo nunca anda sozinha - sempre vem acompanhada de um pouco de inteligência e racionalidade. Eu sei. Eu vejo. Eu vejo como ele me olha, e vejo além dos olhos. E eu vejo que tem um pouco de mim ali.
Não é sempre que este sentimento me invade com tanta força. E eu não me permito jogá-lo fora, não agora.
O momento é de espera, eu sei. Momento em que nada pode ser feito. É incômodo, confesso, mas como diz uma amiga - é o que tem pra hoje.
E o melhor dos   "porquês":


Porquê eu sei das chances que isso tudo tem de dar certo em um dia qualquer, e eu faço questão que este sentimento ainda exista quando isso acontecer.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

12 de abril. Parabéns Mãe.








É, mais uma vez, chegou o seu dia. Grande dia. A quarenta e uns (fica tranquila, não vou contar...) anos atrás nascia uma menina. Pequena menina, prematura, quase sem ar, sem vida. Mas lutou, como boa teimosa ariana que é (nessas horas eu me lembro que ser teimosa tem seu lado bom). A menina cresceu, virou mulher, esposa, mãe. Mãe em dobro.
E os anos foram passando, acumulando memórias, sorrisos, lágrimas, fotos, pedaços, encontros, saudades...
Saudades. Hoje entendo o por que de tirarmos tantas fotos quando criança. 
Posso assegurar que em 2010, dentre as coisas mais valiosas que eu aprendi, está em destaque uma verdade bizarra - a distância aproxima as pessoas. Ainda bem que "mães são sempre mães". Me permito parafrasear Drummond:

"Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,

veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.


Não é dia das mães, é seu aniversário...Porém, é impossivel falar de você - seja quando for - sem focar na figura mãe, uma vez que é isso que você é pra mim.
Mãe, hoje é o SEU DIA. Eu não posso tocar a campainha da sua casa hoje, te dar um abraço e cantar parabéns pra você. Mas eu posso te lembrar. Posso te parabenizar. Mais do que isso. Posso (e devo) te agradecer. Agradecer por existir todos esses 40 (e uns) anos, em particular os últimos 26. Te agradecer por escolher brilhantemente, a pessoa a quem - anos depois - eu chamaria de pai. Agradecer pelo irmão que você me deu - a minha melhor ligação com o passado, e a minha melhor ponte para o futuro.
Embora você ache MUITAS vezes que não, pode se orgulhar. De tudo. Hoje crescemos, somos adultos e temos nossa própria personalidade. Mas você é a base e a estrutura disso tudo. A algum tempo conquistamos o direito de escrever nossas histórias sozinhos, mas foi você quem se dedicou, anos a fio, na tarefa de nos ensinar a escrever.
Hoje eu te assisto de longe, te abraço em pensamento, e te desejo toda a felicidade que um dia você desejou pra mim.
E, encerrando o lindo poema de Drummond...


Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."


Feliz dia mãe! Te amo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Prontofalei!



Ah, como me irrita essa mania machista ridícula de generalizar tudo que é mulher.
Você cresce formando sua personalidade, a partir de um conjunto de influências - referências familiares, amigos, escola, preferências, influências cósmicas e místicas, enfim....E percebe que sim, você se tornou um tipo dado como "diferente". E fica muito feliz com isso.
Aí, em conversas com amigos, ou em algum passeio em redes sociais, vez em quando, você se depara com generalizações irritantes.
Eu me amo e me acho foda, adoro meu jeito diferente e me orgulho muito dele. Mas por que diabos eu tenho que ser incluída num grupo de mulheres "mulherzinhas", só por que eu sou mulher?????
Eu não demoro 5 dias pra me arrumar pra qualquer festinha, não faço escova, não vou no salão de beleza se não tiver um motivo MUITO importante pra isso, se eu quero dizer sim, eu digo SIM, se eu quero dizer não, digo NÃO. Eu gosto de relações instantâneas, de sexo casual (daqueles que não incluem ligação no dia seguinte, no máximo um repeat, se tiver sido bom), não me preocupo nem um pouco se algum amiga minha quer pegar ou pegou algum cara que eu já tenha pego (rola até uma propaganda quando o produto é interessante..), não preciso ir acompanhada ao banheiro, eu gosto e ENTENDO de futebol, NÃO (esse, com todas as letras) sigo modinha da novela das 8, sigo meu gosto, meu estilo, que eu identifico como "muito bom". 
Eu não preciso da aprovação de ninguém, portanto, uso, faço e digo o que eu quero, a hora que eu quero, onde e como eu quero, baseada nos meus desejos e vontades mais egoístas.


Eu não uso rótulos, e não preciso que ninguém me presenteie com nenhum.
Homens de plantão, façam um favor pra mim, e pra minoria das mulheres que pensam como eu. Quando forem falar sobre mulheres e suas frescuras, excluam meu nome da lista, por favor.


Grata.

domingo, 13 de março de 2011

Um dia.

E então, um dia você acorda e percebe que tudo está diferente. Estranhamente feliz, em meio a uma confusão de pensamentos.
Algo novo, que chega, invade e bagunça tudo. Você filma uma situação, tira suas conclusões e forma sua opnião sobre tudo aquilo, segura de que está certa. Ilusão. Está tudo errado, e isso fica muito claro a cada detalhe. E aí a confusão se arma de vez. E se arma a tal ponto, que o errado começa a tomar o lugar do certo. Dá pra entender o tamanho da confusão? Pois é.
Mas isso não é sentido como ruim. Muito pelo contrário, é bom, estranhamente bom. Por que, você não sabe. Você dá cambalhotas internas na tentativa de fazer com que as coisas voltem aos lugares "certos"...em vão.
E aí, o que que você faz?
Você liga o foda-se, estranhamente feliz...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Linda menina.



A menina dos olhos de Deus. A minha menina.
E um dia, você pisca os olhos e percebe que a linda menina está indo embora. Deixando lugar pra mulher chegar. Linda mulher.
Neste caso prevalece minha mania terrível de enxergar as coisas como eu quero enxergar, independente de como elas realmente são. E, eu te vejo assim, linda menina, assim como era quando te conheci. Quando te sentava no meu colo e respondia todos aqueles "Por que, tia?"...
Quando você tagarelava incessantemente, no meio de todas aquelas pessoas, onde apenas uma pessoa deveria ser ouvida, e, em algum momento eu desistia, e só tinha ouvidos pra você.
Agora, isso já não acontece mais. Você já não cabe mais no meu colo, muitos daqueles " por quê's", a vida já te respondeu, e você talvez nem precise tanto de mim como precisava antes.
Não precisa, mas pra minha felicidade, hoje você escolhe precisar. Me escolhe ainda para alguns "por quê's", que não são tão simples como os de antigamente, e as vezes nem eu sei responder...mas eu tento, né?

Linda menina mulher, muito embora você não caiba mais no meu colo, meu coração vem crescendo a medida que você cresce, só para que você tenha o espaço necessário para viver dentro dele. Que este seja sempre seu abrigo.

Seja e esteja feliz neste dia lindo, e em todos os outros...SEMPRE.

Beijos infinitos da sua tia que te ama tanto, tanto... 

quarta-feira, 2 de março de 2011

...

Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mundo inteiro.

http://www.youtube.com/watch?v=M-ZwBLx5cNc

Quero ver você com esses olhos
Olhando para mim olhar inteiro
Falo bem baixinho e completo
Passando a mão no teu cabelo

Esqueço que a hora passa e invento
Um modo de ficar por muito tempo
Seguro tua mão e me contento
Fazendo isso durar por toda vida

Eu vou, eu vou, eu vou
Ficar com você amor


Quero ver você com esses olhos
Olhando para mim olhar inteiro
Falo bem baixinho e completo
Passando a mão no teu cabelo

Esqueço que a hora passa e invento
Um modo de ficar por muito tempo
Seguro tua mão e me contento
Fazendo isso durar por toda vida

Eu vou, eu vou, eu vou
Ficar com você amor

Se me disser que amanhã é tarde
Te falo mil razões que me invadem
Preciso de você o mundo inteiro
Agora que já sabe da um jeito

Eu vou esperar você amor
Pode ser o tempo que for
Eu tenho a eternidade aqui comigo...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Romance em pó


Toda vez que perco a paciência com o ser humano, lembro daquela noite. Você tinha os olhos loucos pelo mundo, pelas minhas pernas naquele vestido de verão e meus pés descalços. Como nessa época do ano eu dou pra odiar todo mundo, tenho pensado muito em ti.
Espero que um dia eu possa te ver de novo. Até talvez explicar dialeticamente o que eu sempre quis dizer com ter medo de ter medo de ter medo, coisa que você talvez nunca entenderia ao certo. Homens. Medo só sente quem tem coragem, quem arrisca, quem se dá. E eu, do alto do meu salto quinze, a única altura que meus nervos femininos conseguiam suportar, sempre fui a antítese de tudo que deseja uma mulher. Em tese.
Naquele verão que eu te queria tanto e não encontrava um jeito avassalador de dizer, eu daria minha vida por você, pois igual minha vida não valia muita coisa - você bem pôde ver nas noites e noites me assistindo dançar em tantas outras bocas que não a sua. É que amor, sabe, sei lá. O que vou fazer se quando você sentava do meu lado e ficava em silêncio, fitando lá longe, onde ia nosso encontro por acaso, eu só conseguia ver horizontes e nenhuma fronteira? Acho que amor é tipo um esporte radical, quem não pratica morre de medo, se sente incapaz e todo aquele salto impossível repetir.
E você, exatamente você e seu jeito de me balançar sorrindo com piadas bobas, era o tipo de distração que minha vida precisava. Eu era de sorrir com piadas bobas, aliás, eu era garota de sorrir, e de gostar de alguém que sai na rua de calça jeans, havaianas branca e barba de anos, nem aí pra ninguém e a cara suja e louca por todo mundo. E, que raiva me dá cada vez q paro pra pensar e chego a conclusão de que você seria o homem perfeito com sua combinação charmosamente bizarra de calça jeans, havaianas branca e barba de anos.
Nunca gostei de sonhar e crer em pessoas, por isso o auê naquela madrugada que você me fez subir, e me beijou, sem pedir nada em troca. Droga, viu? Da minha ilha emancipada, cercada de sombra e mar revolto, vem você, invade, e faz um país. Não foi uma luta justa, eu lá me esforçando pra ser mulher e você estrala os dedos, puxa meu queixo e me faz menina tudo outra vez. E até hoje você atrasa minha vida trazendo à tona essa visão meiga que faz salivar em reuniões corporativas presididas por fortes concorrentes ao prêmio Top Ser Humano Idiota de 2010.
Hoje eu vivo naquele mesmo tempo que não te conhecia. O mundo era chato e ninguém usava calça jeans, havaianas de R$ 7,90 e barba por fazer desde o fim da guerra fria. Um mundo abandonado sem alguém com os olhos loucos por ele. E nem por mim e minha mania de não sentar no banco do carona com modos de menina.
Lembra? Eu disse que amor não era questão de azar ou sorte, mas de habilidade, coisa que nunca fui muito expert. Você bem disse que amor que nunca acontece não vira pó, vira poesia. Então cá estou, lembrando você transbordando do mundo e pensando que você seria mesmo o homem perfeito sem aquele chinelo horroroso, mais a calça e a barba. Também, se não for, vou continuar sendo assim, chegada em romances curtos e instantâneos que me atrasam para sempre.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

.


Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não



(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Luas Muitas.







Das águas que são suas,
luas muitas se repetem,
refletem no sal de prata do mar.
Salve o dois de fevereiro.
Odoiá minha mãe, salve rainha Iemanjá!

Das estrelas caídas do céu,
no véu salobro do oceano,
pano azul vai-se bordando,
vai-se cantando lendas,
nas formosas sendas dos terreiros.

Das conchas enviesadas na areia,
deixa-nos ouvir o som das ondas.
Sondas com teu olhar o justo,
dai-lhe o pão e o peixe
para que o riso não o deixe.

Das ondas que surram rochedos,
abrandai os nossos medos, ó mãe,
livrai as pedras do castigo infindo.
Bem-vindo é todo aquele que abraças
no frescor espumante de um brinde de taças.

Das sereias de canto encantado,
fazei da melodia um doce chamado,
antes fosse verdade tanta beleza,
ao som da voz adentrar à profundeza
seduzido pelo olhar de menina, salve Ynaê Janaína!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que faz você feliz?



A maioria das pessoas vive procurando sentido.
Sentido pra viver...pra trabalhar...pra se relacionar...e acabam por fazer tudo errado.
Eu não.
Procuro o contrário. Procuro o que não faz sentido. O que não tem razão, nem motivo. Aliás, acho que isso significa "não procurar".
Se deixar viver...esse é o sentido. Se está certo, se funciona, não sei. E não quero saber. Mas ao que me parece, trás felicidade.
A cada surpresa do destino, cada dia fora da rotina, assim como cada dia dentro da rotina, que também tem o seu sabor.
Uma flor no cabelo.
Um sorriso na cara.
Um coração que pulsa alto e rápido, porém, tranquilo. Com a certeza de que o que tem de ser feito, assim está.

E, posso assegurar, que a cada dia que passa me conveço que é aí que está a graça, a diferença. Odeio vida previsível. Dias iguais me incomodam. E eu tenho uma rotina sim, como qualquer pessoa que precisa levantar cedo, trabalhar, estudar, comer, cuidar da casa. Mas faço tudo isso com muito gosto. Muito. Sou feliz a cada dia, simplismente porque alguém me dá todos eles de presente a cada amanhecer, e se algum deles for disperdiçado, o azar é todo meu.E isso, eu não me permito. JAMAIS.

Sou movida por desejos, paixão. Estou sempre buscando algo para me apaixonar. Algo ou alguém. Paixão é prazer. Prazer em acordar, em respirar, sentir e recordar. Meus melhores momentos vivi apaixonada. E raramente acompanhada, porque pra mim, paixão é apenas um combustível pra alma. Se eu estou apaixonada agora? Sim. S-I-M. Com todas as letras. E todas maiúsculas. Sempre. :)

Apaixonada por mim. Pela nova família de amigos que conquistei. Pelo meu quarto novo. Pela paz que está dentro dele agora, e dentro de mim. E por alguém. Sempre por alguém. Alguém que invade meus sonhos de forma tão mal educada....e linda...Alguém por quem eu tenho um carinho sem tamanho. Alguém que vai sempre ter a minha mão estendida, esteja onde estiver, e como estiver. É incondicional. Não precisa fazer sentido....já faz pra mim, e isso basta.

E amanhã, é outro dia...outro presente...

Boa noite.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Jota.



Por um tempo, por um mês, por dias, vivi momentos incríveis, me livrei da tal superficialidade, e daquela solidão inconveniente. Desfrutei de sentimentos sinceramente compartilhados, RECIPROCIDADE. E foi bom. Muito bom. 
Eu não sou mais menina, não me iludo, e sei como as coisas funcionam...e como funcionam! :D
E eu sei que tudo tem começo, meio e fim....mas isso é só um detalhe...MOMENTOS....é isso que conta.
Isso aqui é só pra deixar registrado quem passa e quem fica na vida da gente.

Jotinha....amigo de infância, pessoa especial demais. Lindo por dentro e por fora. Amigo, companheiro. Pra sempre no coração.

Seja e esteja feliz meu querido. Sempre. Até a próxima.