domingo, 24 de abril de 2011

Porque sim.


Nos últimos dias, algumas perguntas se repetiram na minha cabeça: Por quê? Pra quê? Até quando?
E eu, feito uma maluca que fala sozinha, conversava internamente, me respondendo cada uma delas, a cada vez que elas surgiam. Na verdade, só consegui responder uma. A mesma pergunta, com respostas diferentes a cada vez que a pergunta surgia.
Por quê?


Porque sim. 
Porque ele é, de fato, a pessoa mais encantadora e incrível que eu conheci nos últimos tempos. Porque ele é doce, inteligente, incrívelmente lindo de um jeito que só eu vejo. Eu sei.


Porque é difícil, eu sei, porém, não impossível. E está longe de ser. Eu sei, eu sinto. E isso não é efeito da cegueira da paixão, aquela que só vê o que se quer, até porque, depois de anos de treinamento intensivo, paixão comigo nunca anda sozinha - sempre vem acompanhada de um pouco de inteligência e racionalidade. Eu sei. Eu vejo. Eu vejo como ele me olha, e vejo além dos olhos. E eu vejo que tem um pouco de mim ali.
Não é sempre que este sentimento me invade com tanta força. E eu não me permito jogá-lo fora, não agora.
O momento é de espera, eu sei. Momento em que nada pode ser feito. É incômodo, confesso, mas como diz uma amiga - é o que tem pra hoje.
E o melhor dos   "porquês":


Porquê eu sei das chances que isso tudo tem de dar certo em um dia qualquer, e eu faço questão que este sentimento ainda exista quando isso acontecer.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

12 de abril. Parabéns Mãe.








É, mais uma vez, chegou o seu dia. Grande dia. A quarenta e uns (fica tranquila, não vou contar...) anos atrás nascia uma menina. Pequena menina, prematura, quase sem ar, sem vida. Mas lutou, como boa teimosa ariana que é (nessas horas eu me lembro que ser teimosa tem seu lado bom). A menina cresceu, virou mulher, esposa, mãe. Mãe em dobro.
E os anos foram passando, acumulando memórias, sorrisos, lágrimas, fotos, pedaços, encontros, saudades...
Saudades. Hoje entendo o por que de tirarmos tantas fotos quando criança. 
Posso assegurar que em 2010, dentre as coisas mais valiosas que eu aprendi, está em destaque uma verdade bizarra - a distância aproxima as pessoas. Ainda bem que "mães são sempre mães". Me permito parafrasear Drummond:

"Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,

veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.


Não é dia das mães, é seu aniversário...Porém, é impossivel falar de você - seja quando for - sem focar na figura mãe, uma vez que é isso que você é pra mim.
Mãe, hoje é o SEU DIA. Eu não posso tocar a campainha da sua casa hoje, te dar um abraço e cantar parabéns pra você. Mas eu posso te lembrar. Posso te parabenizar. Mais do que isso. Posso (e devo) te agradecer. Agradecer por existir todos esses 40 (e uns) anos, em particular os últimos 26. Te agradecer por escolher brilhantemente, a pessoa a quem - anos depois - eu chamaria de pai. Agradecer pelo irmão que você me deu - a minha melhor ligação com o passado, e a minha melhor ponte para o futuro.
Embora você ache MUITAS vezes que não, pode se orgulhar. De tudo. Hoje crescemos, somos adultos e temos nossa própria personalidade. Mas você é a base e a estrutura disso tudo. A algum tempo conquistamos o direito de escrever nossas histórias sozinhos, mas foi você quem se dedicou, anos a fio, na tarefa de nos ensinar a escrever.
Hoje eu te assisto de longe, te abraço em pensamento, e te desejo toda a felicidade que um dia você desejou pra mim.
E, encerrando o lindo poema de Drummond...


Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."


Feliz dia mãe! Te amo.